quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 5 parte II

—Não estou segura disso. Esta escavação é muito importante para Joseph e ele não vai gostar de perder você. Conheço muito bem a meu irmão. Pode ser muito persuasivo quando quer. E muito teimoso.
Demi não respondeu. Iria embora e não tinha mais nada a dizer.
Joseph cavou o solo com cuidado, retirando a terra sem causar danos aos possíveis tesouros que poderia encontrar debaixo dela.
Ele era provavelmente o único nobre de toda Inglaterra que realmente gostava do trabalho físico, pensava enquanto apertava sua bota contra a pá para conseguir outro monte de terra úmida. A grande maioria de suas amizades se escandalizaria se o vissem agora, coberto de areia, sem camisa e com o corpo ensopado de suor.
Ele jogou todas as pás de areia na caixa de madeira ao seu lado e ao fazer isso viu que a senhorita Lovato se aproximava, abrindo o caminho entre os trabalhadores e nos muros meio descobertos da escavação. Ele parou e colocou a camisa antes dela chegar.
—Posso falar com o senhor um momento? —perguntou. —É bastante importante.
—Aconteceu alguma coisa? —perguntou enquanto se secava do suor com a manga da frente da camisa.
—Não, é um assunto pessoal. Poderíamos falar em particular?
Suas palavras o deixaram surpreso. Por um lado, a senhorita Lovato raramente dizia mais de duas palavras seguidas. Por outro, não podia imaginar que ela tivesse assuntos pessoais e menos ainda que quisesse discuti-lo com ele. Ele estava curioso, assim foi com ela até antika.
—Sobre o que você quer falar? —perguntou quando já tinham entrado.
—Eu… — começou ela, e continuou em silêncio, olhando para frente, concentrada na abertura da camisa desabotoada do homem, como se ela pudesse ver através dela. A luz do sol entrava pelas janelas se refletia nos cristais dos seus óculos, impedindo que ele pudesse ver seus olhos e sua atitude como de costume, não revelou nem um pouco do que estava pensando. Esperou.
O silêncio se estendeu. Impaciente por voltar a seu trabalho, Joseph tossiu assim para captar sua atenção. Ela respirou fundo, levantou a vista e disse a última coisa que ele esperava ouvir.
—Renuncio a meu posto.
—Quê? — Joseph pensava que não tinha ouvido bem— O que quer dizer?
—Que eu vou embora. — Colocou a mão no grosso bolso do avental e tirou uma folha de papel dobrada. — Aqui tem minha carta de demissão.
Ele olhou o papel perfeitamente dobrado que ela lhe oferecia, mas não a pegou. No lugar disso, cruzou os braços sobre o peito e disse à única que poderia pensar.
—Não penso em aceitá-la.
Uma espécie de choque alterou o rosto de Demi, um lampejo de emoção proveniente da máquina. Joseph estava ainda mais impressionado.
—Mas não pode recusá-la —disse ela franzindo a testa. —Não posso.
—A não ser que o rei me diga o contrário, eu posso fazer tudo o que quiser —respondeu, esperando aparentar autoritário. — Para todos os fins, sou um duque.
Essa resposta só a desconcertou durante um instante.
—É importante supor que sua importante linhagem deve me impressionar, senhor? —ela perguntou com voz calma, mas com um surpreendente ar de aborrecimento que nunca tinha. Ela aproximou a carta de novo e quando ele não aceitou, abriu a mão e deixou o papel cair no chão.
—Senhor, me demito do meu posto. Vou deixar exatamente depois de um mês a partir de hoje.
Ela se virou para sair, mas a voz dele a deteve.
—Posso saber para onde irá? Te convenceram a trabalhar em outra escavação…
—Vou para Enderby com lady Hammond. Ela me apresentará em sociedade e me ajudará a encontrar a família de minha mãe.
Aquilo era tão ridículo como aquilo que a sua irmã tinha sugerido. Só faltavam apenas sete meses para a inauguração do museu. Apenas setes meses em que tinham muito trabalho por fazer.
Que maldito interesse repentino de Viola por romance. Ela sabia o importante que era para ele a escavação e também o vital que era a habilidade da senhorita Lovato para que seu projeto fosse bem. Não tinha intenção de deixar que aquela confusão chegasse muito longe.
—Posso entender seu desejo de encontrar sua família, senhorita Lovato, mas podemos realizar as investigações perfeitamente daqui. Viola não vai fazer nada que envolva a senhorita ir embora sem o meu consentimento. Eu me recuso a dar e já disse isso a ela.
Um sorriso, que não poderia se descrever como triunfante, se desenhou nos lábios dela.
—Lady Hammond me disse que a única coisa que tinha que fazer era falar com o senhor e me demitir oficialmente do meu posto lhe dando um mês para encontrar alguém que me substitua. — Ele apontou para a carta no chão —Olha agora que eu fiz.
—Encontrar um substituto? Por Deus, mulher, gente como a senhorita não cresce em árvores! A senhorita sabe perfeitamente que qualquer um que tenha seus conhecimentos em restauração já está comprometido em um projeto com anos de antecedência, levei três anos para encontrar seu pai. O museu abre daqui a sete meses e a senhorita sabe que a villa precisa no mínimo de cinco anos de trabalho. É impossível substituí-la a estas alturas. Me comprometi com ele no Clube de Antiquários e que o museu estaria aberto para a temporada de Londres, afim de atrair o máximo de interesse possível. Não atrasarei a inauguração porque a senhorita se demitir de repente e põe na cabeça que quer ir a Londres para procurar um marido e aproveitar da frívola vida social. Você não pode sair até que o projeto seja concluído. Eu tenho projetos a cumprir e eu dei minha palavra.
—Senhor, senhor, senhor! —gritou ela. Um surto que surpreendeu Joseph. Não só porque ela se atreveu a falar nesse tom, mas porque era a primeira vez que a tinha visto expressar alguma emoção.
—Pode ser que o senhor seja duque. —prosseguiu Demi— Mas não é o sol que todo mundo tem que girar. Na verdade, é tudo o contrario. O senhor é o homem mais egoísta que jamais tinha conhecido, além de imprudente. Sempre dar ordens aos seus trabalhadores e empregados sem nunca dizer sequer obrigado e nem por favor. Não se importa com que as pessoas sintam, é tão arrogante que acha que seu título lhe dar permissão para se comportar dessa maneira. Eu… — Ela parou e abraçou a si mesma, para tentar controlar suas emoções. Ela tinha que fazer. Essa torrente de inexplicáveis críticas eram injustas e indesculpáveis.
Ele abriu a boca para repreendê-la por sua explosão, como faria com qualquer pessoa que estivesse a seu serviço, mas ela falou antes que ele pudesse falar algo.
—A pura verdade, senhoria, é que não gosto do senhor e que não desejo continuar trabalhando para o senhor nem mais um dia sequer. Falei com lady Hammond se quiser saber, mas eu só vou embora dentro de um mês, não me importa se a proíba de me ajudar.
Joseph olhou para ela de volta enquanto ela saia de antika sem dizer mais nada. Não sabia se a seguia ou pedia explicações a Viola por lhe ter enchido a cabeça de bobagens. Finalmente, não fez nenhuma dessas coisas.
Em vez disso, se abaixou e pegou a carta de demissão da senhorita Lovato. Ele a abriu e leu as duas linhas escritas em caligrafia perfeita e precisa.
Ao voltar a dobrar a carta, uma lembrança lhe veio à mente, no dia que chegou a Tremore Hall, fazia cinco meses. Hoje não tinha sido o primeiro dia que a senhorita Lovato tinha lhe surpreendido.
Durante muito tempo, ele queria escavar as ruínas romanas que tinham em sua fazendo e imaginava o museu que exibiria suas descobertas. Um lugar onde os apenas os ricos e privilegiados poderiam conhecer sua historia, mas também
todos os cidadãos da Inglaterra, sem se importar sua classe social. Não havia nada disso em Londres.
Sir Henry Lovato era reconhecido internacionalmente como o melhor restaurador e antiquário vivo do mundo e Joseph queria o melhor para sua escavação. Demorou três anos em convencer a sir Henry de aceitar trabalhar para ele. Enquanto, tinha sido obrigado a contratar a outros, muito menos capacitados e com menos pericia, mas tinha conseguido convencer sir Henry de voltar para a Inglaterra e tomar as rédeas de seu projeto.
Entretanto, não foi esse excepcional cavalheiro a quem encontrou esperando na ante-sala do grande salão de Tremore Hall aquela tarde de março cinco meses atrás. De pé, entre as estatuas de bronze, as colunas de mármore verde e as lâmpadas de cristal da ante-sala, encontrou uma jovem séria de rosto redondo e óculos dourados, uma mulher que seu mordomo que lhe tinha dito que era a filha de sir Henry Lovato. Vestida com um velho casaco marrom de viajem, umas botas marrons de coro grosso e um grande chapéu de palha, com um simples baú aos seus pés, parecia tão seca como o deserto do Marrocos de onde tinha chegado.
Com uma suave e educada voz que não exalava nenhum sentimento pessoal, lhe disse que seu pai tinha morrido e que ela estava ali para ocupar o lugar de sir Henry e completar a escavação.
A recusa imediata dele devia tê-la feito correr para a porta, mas não fez isso. Ignorou totalmente suas palavras como se não tivesse dito nada e falou com ele em troca de seus conhecimentos e suas experiências de um modo conciso, enumerando metodicamente todas as razões porque ele deveria permitir que ela ocupasse o posto de seu pai.
Quando finalmente, usando seu tom mais autoritário, ela a interrompeu lhe disse que tinha escolhido ao seu pai porque queria o melhor restaurador disponível e que não tinha nenhuma intenção de contratá-la e sim seu pai, Demi não discutiu. Não tentou apelar a seu cavalheirismo nem sua simpatia com nenhuma historia comovedora sobre o muito que precisava do trabalho. Simplesmente, piscou atrás de seus óculos e lhe olhando com um rosto inescrutável, como uma pequena e solene coruja, respondeu muito séria:
—Eu sou o melhor restaurador disponível.
Ela ignorou sua risada incrédula e continuou.
—Sou a filha de sir Henry Lovato que era o melhor. Ele me ensinou e agora ele está morto, não há ninguém mais qualificado que eu para este trabalho.
Ela não tinha intenção de contratá-la, mas ele tinha pouca escolha. Para sobreviver, aceitou e a fim de proteger sua reputação, mandou que o senhor e a senhora Bennington deixassem sua residência no campo e se instalarem em sua casa. Assim a senhora Bennington atuaria como sua dama de companhia.
Durante os cinco meses que a senhorita Lovato estava ali e ela havia podido comprovar que não tinha exagerado. Sabia mais sobre a antiga Roma e seus tesouros do que poderia nunca chegar a aprender. Era uma excelente restauradora de mosaicos e seus afrescos eram de realmente perfeição. Ele queria o melhor e tal como ela havia lhe dito sem rodeios e era realmente.
Joseph saiu de seu devaneio e amassou a carta na mão em uma bola. Até o projeto não estivesse concluído, a senhorita Lovato não iria a parte alguma. Se ele tinha o melhor restaurador, iria encontrar a melhor maneira de conservá-lo.

o que sera que ele fará agora? hmmmm 
ai se voces soubessem no que isso vai dar....
 adivinha not de quem ta estragando... huhu \o/ fds levarei pra arrumar, e catarei do irmao ate ele voltar, mas nao se preocupem, a fic ta no meu pendrive para que nao fiquem sem.
onde a merda do carregador fica no not, ta dando mal contato.
 bom voltando ao que interessa, Joe vai penar tanto agora que conhece outro lado da Demi....e quando ele conhecer mais so...CALA A BOCA LAIS
bjemi

Um comentário:

  1. Cada capitulo que se passa eu fico mais curiosa pra saber o que vai acontecer. Posta logo

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